Futurismo no Festival WHOW!

Em 2017,  participei do WHOW! Festival de Inovação, criado pelo Grupo Padrão para fomentar e disseminar, em diversos formatos, o ambiente de inovação e colaboração nas empresas do Brasil. Em 3 dias de programação recheada, o festival oferece palestras com nomes de peso em inovação, criatividade, design e estratégia; além de visitas monitoradas e experiências criativas em empresas e creative places.

Destacaremos o painel “Nativos digitais, cidadãos conectados, empresas analógicas”, que teve mediação de Daniela Klaiman (futurista e consultora de consumer behavior and trends research, fundadora das startups WinWin e UnPark) e participação de Lívia Brando (gerente de estratégia e inovação da EDP Brasil) e Ricardo Gouvêa (CEO da Saving Foods).

O painel deu início com Daniela Klaiman apresentando um panorama sobre a Geração Z, ou “Nativos Digitais” (nascidos a partir de 1990 até atualmente), isto é, aqueles que já nasceram diante de toda a revolução tecnológica. Todas as gerações anteriores são considerados “Adaptados Digitais” –  tiveram de aprender a lidar com todos os desafios trazidos pela tecnologia.

Ricardo Gouvêa (CEO da Saving Foods), Lívia Brando (gerente de estratégia e inovação da EDP Brasil) e Daniela Klaiman (futurista e consultora de consumer behavior and trends research, fundadora das startups WinWin e UnPark)

A geração Z:

É Slash/ Slash : Foi-se o tempo em que a profissão definia alguém. Agora, além de categorizar com sua profissão (ex: administrador), o jovem também se define como surfista, apreciador de cerveja, membro de Ong “X” e  guitarrista. São muitas coisas. E todas importam, nenhum assume um papel maior que a outra.

Tem Mindset Coletivo: Nada é “meu”. A importância de compartilhar é muito maior do que guardar algo somente para si. Compartilhamento de ideias, ideais e experiências parte do pressuposto que a integração social é mais válida do que a individualização.

Acredita em Hierarquia Horizontal: Pela primeira vez, temos 4 gerações diferentes em uma mesma empresa, e a forma de enxergar carreira e sucesso da Geração Z é bem diferente das gerações anteriores.
Os Nativos Digitais entendem hierarquia como algo horizontal, onde pode haver hierarquia, mas no qual essa questão não seria a definição da relação de trabalho. CEO’s, gerentes e diretores são apenas facilitadores e não mais os tomadores de decisão final, e as equipes são multifuncionais. A liderança é flexível e por propósitos, em projetos diferentes.

Acredita que a Liberdade é não-física: As gerações anteriores viam nas tatuagens, nas cores e cortes de cabelos, na maneira de se vestir, maneiras de expressão. A geração Z cresceu com seus smartphones à mão, expressando-se nas redes sociais desde sempre. Não precisam apresentar sua liberdade em seus corpos (a não ser que desejem) – agora todo mundo é livre.

São jovens solares: Acordam cedo, saem de dia, gostam da natureza e de fazer atividades ao ar livre. Algumas marcas já captaram essa característica e tem desenvolvido suas ações de branding experience durante o dia. O conceito de “viver a cidade” vem sendo cada vez mais explorado.

Finalizada a apresentação inicial, Lívia Brando e Ricardo Gouvêa passaram a explanar sobre os mercados de seus negócios. Ambos encerraram suas apresentações dando dicas para empresas. “Sejam múltiplos” – disse Lívia – “sejam vários, sejam flexíveis, sejam abertos”. Ricardo complementou, informando que as empresas tem muito a aprender com startups, sobre “ser agile, errar rápido, ter pessoas técnicas para testar solução, e não esquecer de falar com o consumidor”.

 

*Texto originalmente publicado no Blog Carambola

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