This is Us

This Is Us, Temporada 5, Episódio 6

Randall no lago.

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Não se você já ouviu falar ou se já, mas nunca viu; mas This Is Us é uma unanimidade pra quem acompanha: que série atravessadora.

O enredo começa em 1979, no dia em que os irmãos Kevin, Kate e Randall chegam em casa após maternidade. Jack e Rebecca, seus apaixonados pais, compõem o que daí entendemos como a família Pearson, e seguimos nessa narrativa acompanhando os momentos de amor, dor, alegrias, tristezas, traumas, dúvidas e todos esses sentimentos que moldam a vida de todos. 

O começo de tudo

No dia em que resolvi começar a ver This Is Us, assisti 3 episódios de uma vez; e no final do terceiro caiu a primeira lágrima de muitas que ainda derramaria assistindo essa série rs

É humanamente impossível acompanhar essas 5 histórias (e as de tantas outras pessoas que perpassam as deles) sem se deixar abalar. This Is Us é de uma beleza e sensibilidade presente em poucas obras que vi – pode ser porque os temas família e ancestralidade me toquem de uma maneira muito forte, ou porque a criação dessa trama toda tem mesmo algo de muito especial. Racismo, compulsão alimentar, depressão, síndrome narcisista, stress pós-guerra, alcoolismo, relacionamento amoroso abusivo e culpa materna são algumas das temáticas apresentadas nos episódios de 40 min acompanhados por uma trilha sonora que sempre, sempre é muito cirúrgica. 

O ponto é que acompanhar essa série me lança numa misto de sessão psicanalítica + constelação familiar e eu já não faço ideia de quantos litros de lágrimas já chorei ao assisti-la. Acredito que mais gente que acompanha a série se sinta assim também (pesquisa no twitter #ThisIsUs pra ver as reações), o que me faz sentir em uma grande catarse terapêutica (Ayahuasca pra quê quando se assiste This Is Us né, minha gente).

[ SPOILER]

A quinta e mais recente temporada começou e o último episódio disponível é o que apresenta essa cena da foto-chamada desse texto. Enquanto assistia, chorava que soluçava; e quando acabou fui deitar de tão cansada. Sabe quando você chora até sentir que não tem mais lágrima pra chorar? Foi isso.

Fui conduzida pela história de Randall até aqui, até esse exato momento onde ele entra no lago e vê a mãe que tanto procurou a vida toda, e aprende com ela a necessidade de gritar o que sempre esteve entalado e antes, incompreendido.

É impressionante como a arte pode nos levar a lugares nunca antes acessados e assim, nos ajudar em nosso processo de cura. Hoje, tem mais um episódio e com ele, uma nova sessão de terapia. 

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#thisisus